Lauren M. Hughes^1†, Michael G. Irwin², Claire C. Nestor³

¹ Registrador Especialista em Anestesia, Beaumont Hospital, Irlanda

⁽²⁾Daniel CK Yu Professor de Anestesiologia, Departamento de Anestesiologia, Universidade de Hong Kong, Região Administrativa Especial de Hong Kong, China ³Anestesista Consultor, Hospital Universitário de Tallaght, Irlanda

Editado por: Dr. Maytinee Lilaonitkul, Professor Assistente, Universidade da Califórnia, São Francisco, EUA

^†E-mail do autor correspondentehugheslauren23@gmail.com

Publicado em 13 de agosto de 2024

PONTOS-CHAVE

• O uso da anestesia intravenosa total (TIVA) está aumantando e tem demonsirado muitos bansficios potenciais
• Os medicamentos analgésicos combinados com a TIVA à base de propofol podem reduzir bastante a dose necessária de propofol.
  proporcionando uma anestesia multimodal balanceada.
• A compreensão dos perfis farmacocinéticos dos opioides e dos agentes adjuvantes não opioides é essencial para a prática segura da
  TIVA.
• As concentrações-alvo do medicamento para infusões com controle de alvo dependem da magnitude do estímulo cirúrgico, das características do paciente e dos diferentes agentes adjuvantes usados.
  Vários agentes adjuvantes foram descritos e podem aumentar os anestésicos baseados em TIVA.

INTRODUÇÃO

Embora o método mais comumente usado para a manutenção da anestesia continue sendo a inalação de um agente volátil, o uso da anestesia intravenosa total (AIVT) aumentou em uma auditoria recente da prática anestésica no Reino Unido. Isso demonstrou um aumento no uso da AIVT de 8% para 26% entre os anos de 2013 e 2021.¹ O estudo NAP5 do Reino Unido e da Irlanda destacou que muitos anestesistas não têm treinamento e formação adequados em AIVT.² Desde a publicação do NAP5 em 2015, continua a haver falta de treinamento e formação formais no uso da AIVT, de acordo com pesquisas internacionais.³ Esses achados enfatizam a importância do treinamento e da formação na administração da AIVT com segurança e eficácia.

A TIVA à base de propofol tem sido amplamente utilizada na prática anestésica há muitos anos. Embora o propofol seja um agente hipnótico muito eficaz, ele é um analgésico ruim. Consequentemente, são necessárias doses muito grandes de propofol para proporcionar uma perda efetiva da resposta a estímulos nocivos.³ Como resultado, um agente analgésico, que na maioria das vezes é um opioide, é usado junto com o propofol. Essa combinação proporciona anestesia cirúrgica e reduz a dose de propofol necessária.⁴ A introdução do remifentanil, opioide de ação ultracurta, na prática em 1996 revolucionou a prática da AIVT, e ele continua sendo um dos analgésicos adjuvantes mais usados na anestesia à base de propofol devido ao seu perfil farmacocinético favorável.⁵ No entanto, vários medicamentos diferentes à base de opioides e não opioides podem ser usados para anestesia cirúrgica.