535 – – Novos medicamentos antiobesidade, agonistas dos receptores GLP-1 e GIP e suas implicações anestésicas

Dr. Siobhan Stone1†, Dr. Matthew Doane2
1Anaesthetic Registrar, Royal North Shore Hospital, St Leonards, New South
Wales, Austrália
2Consultor em anestesia, Royal North Shore Hospital, St Leonards, Nova
Gales do Sul, Austrália
Editado por: Dr. Alex Konstantatos, Consultor Anestésico, Alfred Hospital, Melbourne, Victoria,
Austrália
†E-mail do autor correspondentestonesiobhan@gmail.com
Publicado em 5 de novembro de 2024

PONTOS-CHAVE

  • Os agonistas do receptor de GLP-1 são usados para controlar o diabetes ou tanto a obesidade quanto o diabetes e podem ter
    implicações para o manejo anestésico no período perioperatório.
  • Os pacientes podem não informar voluntariamente que estão tomando agonistas do receptor de GLP-1 para obesidade, portanto,
    os médicos devem ser proativos ao perguntar sobre o uso desses medicamentos.
  • Os anestesiologistas devem verificar se há esvaziamento gástrico incompleto nesses pacientes, pois isso influenciará outras
    investigações, o manejo das vias aéreas e se o procedimento planejado deve ou não ser realizado.
  • O manejo perioperatório de pacientes que recebem esses medicamentos é complexo e precisa considerar o controle sintomático
    glicêmico e gastrointestinal no contexto do jejum antes da cirurgia eletiva.

INTRODUÇÃO
Há muito tempo, a cirurgia bariátrica é considerada o tratamento padrão ouro para a obesidade refratária ao estilo de vida e ao controle
médico. No entanto, novos medicamentos antiobesidade (MAOs) estão sendo cada vez mais testados como uma opção de tratamento
menos invasiva. Os novos medicamentos agonistas gastrointestinais dos receptores de incretina estão se tornando mais prevalentes
devido à sua eficácia e popularidade como intervenção para perda de peso e seus benefícios aparentes no tratamento de várias
comorbidades relacionadas ao peso, incluindo diabetes e doenças hepáticas e cardiovasculares.1 Como esses medicamentos são novos na
prática moderna e seu uso para perda de peso ainda é novidade para alguns pacientes, eles geralmente não relatados durante a triagem
de medicamentos pré-operatórios de rotina, apesar de sua possível associação com eventos adversos perioperatórios, como aspiração
pulmonar de conteúdo gástrico. O uso crescente desses agentes, seus perfis farmacodinâmicos e de efeitos colaterais em evolução e a
relevância dessas alterações fisiológicas para o manejo anestésico perioperatório merecem maior conscientização e vigilância. Este artigo
ajudará a familiarizar os profissionais com esses novos medicamentos, seus usos, benefícios, efeitos colaterais e, finalmente, o que os
anestesistas podem fazer para manter a segurança do paciente no período perioperatório.

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