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Anestesiologia além das fronteiras

A anestesiologista dra. Liliana Mesquita Andrade foi personagem de reportagem do caderno Ela, do Jornal O Globo, no último domingo (24), que destacou o trabalho de profissionais de saúde nas missões humanitárias da Médicos Sem Fronteiras (MSF). Dra. Liliana faz parte da organização desde março de 2010 e desde então já participou de 12 missões: Haiti, República Centro Africana, Sudão, Paquistão, Faixa de Gaza, Iêmen, Iraque e Afeganistão.

>Leia a reportagem produzida pelo O Globo

Funcionária de dois hospitais em Brasília, ela reserva as férias anuais para trabalhar em missões da Médicos Sem Fronteiras, colecionando histórias que a fazem se emocionar a cada relato. Uma delas diz respeito a Yussef, um garotinho que conheceu em 2012, na Faixa de Gaza. Ele havia sofrido queimaduras nas mãos em função dos conflitos, e a anestesiologista fez parte da equipe médica que o atendeu.

“No meu último dia, numa conversa olho no olho, ele me disse: ‘I love you, Lili’.”, conta. Dois anos depois, a médica pode reencontrá-lo, ao participar de uma nova missão na região. Ao revê-lo, caiu num choro compulsivo. “Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida”.

  • Yussef, 3 anos, no dia da cirurgia de sua cirurgia, hospital de Médicos Sem Fronteiras, complexo do hospital Nasser, Khan Younis, sul da Faixa de Gaza.
  • Dra. Liliana Mesquita Andrade

Este ano, a organização completa 50 anos de trabalho mundial e 30 de trabalho nacional. Criada na França, em 1971, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) oferece assistência a pessoas afetadas por crises, como conflitos armados, catástrofes socioambientais, desnutrição grave e epidemias.

Em 2020, MSF esteve presente em quase 90 países oferecendo cuidados de saúde a pessoas em necessidade de ajuda humanitária. São mais de 63 mil profissionais de diferentes áreas e nacionalidades que fazem parte de nossas equipes. Quando falamos em Covid-19, no Brasil, a MSF mobilizou um volume inédito de recursos humanos e materiais no país e conseguiu rapidamente iniciar atividades direcionadas às pessoas que mais precisavam de ajuda.

O financiamento da organização não governamental e sem fins lucrativos é feito, quase que exclusivamente, por doações de indivíduos de todo o mundo. De todos os recursos recebidos em 2020, mais de 97% (97,2%) foram obtidos pela MSF em doações de pessoas físicas e empresas privadas.