Tutorial 540 – Prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto – Uterotônicos e ácido tranexâmico Dr. Hasnain Moosvi1†, Dr. Syed Hussain Danial2, Dr. Thomas Drew3 1 Consultor anestesiologista, New Cross Hospital, Wolverhampton (Reino Unido) 2 Bolsista de Anestesia Obstétrica, The Coombe Hospital, Dublin, Irlanda 3Consultor anestesiologista, The Rotunda and Beaumont Hospitals, Dublin, Irlanda Professor clínico sênior honorário, Royal College of Surgeons in Ireland University de Medicina e Ciências da Saúde Editado por: Editores primários: Dra. Pamela Huang, Professora Clínica Assistente, Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), EUA e Dra. Jennifer Woodbury, Professora Clínica Assistente, UCSF, EUA; Editor Secundário: Dra. Kelly Fedoruk, Professora Clínica Assistente, Stanford, EUA †E-mail do autor correspondentedrhasnainmoosvi@yahoo.co.in Publicado em 28 de janeiro de 2025 PONTOS-CHAVE Os oxitóticos, como a ocitocina e seu análogo de ação mais prolongada, a carbetocina, são os agentes de primeira linha para prevenir e tratar a hemorragia pós-parto devido à excelente eficácia e ao perfil de efeitos colaterais bem tolerado. Os agentes de segunda linha, como os alcaloides do ergot ou as prostaglandinas, agem por meio de receptores diferentes e têm uma série de efeitos colaterais. O ácido tranexamico (TXA) é um agente antifibrinolítico que reduz a mortalidade na hemorragia pós-parto sem aumentar o riscode trombose. A dosagem e o momento ideais de uterotônicos e TXA são importantes e exigem adaptação a cenários clínicos individuais. É necessário monitorar os efeitos colaterais, como alterações cardiovasculares, ao administrar esses agentes INTRODUÇÃO A hemorragia pós-parto (HPP) é uma das principais causas de mortalidade materna em todo o mundo, sendo responsável por aproximadamente um terço de todas as mortes maternas. A HPP é comumente definida como uma perda de sangue de 1.000 mL após o parto cesáreo e 500-1000 mL após o parto vaginal. A HPP primária ocorre dentro de 24 horas após o parto, e a HPP secundária ocorre até 12 semanas após o parto. A atonia uterina é responsável por quase 80% dos casos de HPP primária, com lesão tecidual, retenção de placenta e coagulopatia como outras causas comuns. Apesar das medidas globais para combater a mortalidade, a HPP continua sendo um problema significativo de saúde pública em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu um roteiro para combater a HPP entre 2023 e 2030, com o objetivo de reduzir a taxa global de mortalidade materna e a morbidade associada à HPP.1 O ácido tranexâmico, um agente antifibrinolítico, impede a formação de coágulos sanguíneos. Ele pode reduzir significativamente a HPP e o risco de morbidade e mortalidade relacionadas.2,3 A Confederação Internacional de Parteiras e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia emitiram uma declaração conjunta recomendando o uso de uterotônicos e ácido tranexâmico (TXA) na prevenção e no tratamento da HPP.4 Tipo: Tutoriais WFSA Arquivo relacionados Tutorial 540 - Prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto - Uterotônicos e ácido tranexâmico Download Acessar Online Tutorial 540 - Prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto - Uterotônicos e ácido tranexâmico (Questões) Download Acessar Online X