Tutorial 527 – Hérnias diafragmáticas congênitas – Parte 2

Dra. Ruth McGovern1†, Dr. Vincent McGovern2, Martina Healy3

1 Especialista em Anestesiologia e Terapia Intensiva, Galway University Hospital, Irlanda

2Consultor em Anestesiologia, University Hospitals Dorset, Reino Unido

3Consultor em Anestesiologia e Cuidados Críticos Pediátricos, CHI em Crumlin, Irlanda

Editado por: Dra. Rosalind Morley, Consultora em Anestesia Pediátrica, Royal Manchester Children’s Hospital, Manchester, Reino Unido

E-mail do autor correspondentemcgovernruth@yahoo.com

Publicado em 16 de julho de 2024

PONTOS-CHAVE

  • O reparo de uma hémia diafragmática congênita (HDC) não é uma emergência cirúrgica. A estabilidade hemodinâmica o ventilatória deve ser alcançada antes do reparo cirúrgico.
  • O momento da cirurgia exige uma comunicação eficaz entre as equipes cirúrgica, neonatal e de cuidados intensivos.
  • A anestesia para HDC requer uma avaliação pré-operatória completa, revisão dos sistemas, compreensão do progresso do paciente até o momento e consciência das preocupações específicas reais e potenciais do paciente no perioperatório.
  • Os principais objetivos intraoperatórios incluem a garantia de anestesia e analgesia adequadas, a garantia de ventilação eficaz e a prevenção de possíveis fatores desencadeantes da hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN).
  • As complicações pós-operatórias de curto prazo que ocorrem na unidade de terapia intensiva incluem sangramento, persistência de
    HPPN. pneumotórax, quilotórax, insuficiência respiratória que requer ventilação oscilatória e sepse.
  • As complicações pós-operatórias de longo prazo são multissistêmicas e envolvem os sistemas respiratório, musculoesquelético.
    gastrointestinal e neurológico.

INTRODUÇÃO

A hérnia diafragmática congênita (HDC) é um defeito raro do diafragma que leva à herniação do conteúdo da cavidade abdominal para o cavidade tóracica. Embora a correção cirúrgica seja o tratamento definitivo, o reparo da HDC não é uma emergência cirúrgica. O reparo cirúrgico deve ocorrer somente em casos de estabilidade hemodinâmica e ventilatória (Tabela 1). Antes de qualquer intervenção cirúrgica, os pacientes devem ser ressuscitados e estabilizados em uma unidade de cuidados críticos pediátricos, o que envolve a otimização da oxigenação, da ventilação e da hipertensão pulmonar (hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido; HPPN). Consulte o ATOTW 526 para obter mais detalhes.

A anestesia para a HDC é um desafio. O tipo de defeito, o histórico de nascimento, a presença de distúrbios congênitos associados e o progresso do paciente até o momento devem ser cuidadosamente considerados para determinar o momento mais adequado para a cirurgia, a abordagem cirúrgica e um plano anestésico seguro e eficaz.

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