Dr. Louis Francois Taljard^1†, Dra. Edna Mu€ ller², Dra. Ellen Kemp²

¹ Oficial Médico Anestésico, Hospital Acadêmico Chris Hani Baragwanath, África do Sul

² Consultor anestésico, Hospital Acadêmico Chris Hani Baragwanath, África do Sul

Editado por: Dr. Alison Jackson, Especialista em Anestesia, Te Whatu Ora Waikato, Hamilton, Nova Zelândia

^†E-mail do autor correspondenteLf.taljard@gmail.com

Publicado em 25 de fevereiro de 2025

PONTOS-CHAVE

• A adesão às diretrizes locais, incluindo listas de verificação e vias de decisão, melhora o manejo das vias aéreas e os resultados dos pacientes em casos de trauma maxilofacial.
• O conhecimento sobre as diretrizes disponíveis para o gerenciamento de vias aéreas difíceis e o uso de técnicas e dispositivos de resgate é fundamental.
• O objetivo do manejo básico das vias aéreas é a manutenção de uma via aérea desobstruída e o fornecimento de oxigenação adequada até que a via aérea esteja definitivamente segura.
• A proficiência em habilidades fundamentais de vias aéreas é essencial, enquanto as técnicas avançadas de vias aéreas exigem treinamento e experiência.
• A cirurgia de reconstrução maxilofacial geralmente requer uma via aérea definitiva, envolvendo diversos equipamentos e técnicas avançadas de via aérea para acesso cirúrgico à cavidade oral.
• As lesões laringotraqueais geralmente exigem uma via aérea cirúrgica, dependendo nível da lesão.
• O planejamento explícito para a emergência e a extubação após a anestesia geral é fundamental.

INTRODUÇÃO

Este tutorial se baseia no ATOTW (541) Manejo das vias aéreas em pacientes com traumatismo maxilofacial parte 1′.

A Parte 1 discute os componentes anatômicos relevantes do trauma maxilofacial e seu impacto nas vias aéreas e fornece uma abordagem abrangente para a avaliação emergencial e eletiva das vias aéreas de pacientes com lesões maxilofaciais.

A Parte 2 continua com uma descrição prática e detalhada de importantes técnicas básicas e avançadas de gerenciamento de vias aéreas. A proficiência nas habilidades fundamentais das vias aéreas é essencial, enquanto as técnicas avançadas exigem treinamento e experiência extensos. Uma discussão sobre o gerenciamento pós-operatório das vias aéreas está incluída.

O conhecimento das diretrizes de gerenciamento de vias aéreas difíceis e o uso de técnicas e dispositivos de vias aéreas de resgate são essenciais. As recomendações baseiam-se nos desafios associados a lesões faciais e de vias aéreas específicas, em protocolos padronizados de vias aéreas e na literatura atual. É importante reconhecer que o anestesista frequentemente terá de equilibrar prioridades concorrentes ao cuidar de pacientes com trauma maxilofacial. A reconciliação dessas prioridades e, portanto, as técnicas finais de gerenciamento de vias aéreas utilizadas não são prescritivas, mas exigem uma abordagem individualizada que depende do cenário clínico