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Vem aí a segunda edição do Congresso Brasileiro de Inovação e Gestão em Saúde!

A segunda edição do Congresso Brasileiro de Inovação e Gestão em Saúde (CBIGS) será realizada nos dias 17 e 18 de julho de 2021. Este ano, o evento está dividido em três grandes trilhas de conhecimento: Gestão; Inovação e Empreendedorismo e Mercado de Trabalho, em que serão discutidos temas de relevância para o universo da saúde, por meio de personalidades e especialistas renomados.

Para falar um pouco sobre as particularidades do evento, o dr. Vicente Faraon, diretor financeiro da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e membro da Comissão Executiva e Comissão Científica do 2º CBIGS, nos conta, na entrevista a seguir, sobre as novidades trazidas para este ano.


Congresso Brasileiro de Inovação e Gestão em Saúde (CBIGS): O que inspirou a SBA a promover a segunda edição do CBIGS?  

Dr. Vicente Faraon: A primeira edição do CBIGS, em 2020, foi um grande sucesso. A criação de um congresso com foco em gestão e inovação para o anestesiologista e para outros médicos e profissionais da saúde representou um grande marco para a SBA. Conseguimos perceber isso por meio do número de inscritos e pelo feedback recebido pelos colegas que participaram da primeira edição. Por esse motivo, em 2021, decidimos promover a segunda edição, que trará, além dos temas de gestão e inovação, questões de mercado e empreendedorismo na área da saúde.

 

CBIGS: Qual a expectativa da Diretoria para a próximo CBIGS e o que a SBA pretende despertar no anestesiologista neste evento? 

VF: A nossa expectativa é que o evento seja ainda maior, com participação de profissionais de diversas áreas da saúde. No ano passado, a primeira edição teve um foco maior na parte expositiva, com mais tempo dedicado às palestras. Na edição de 2021, optamos por dar mais ênfase às discussões, com 20 minutos dedicados à aula expositiva e 30 minutos posteriores disponíveis para debate. Acreditamos que, assim, o evento conseguirá ser ainda mais rico e contribuir mais para a ampliação de visão da saúde. Um dos pontos principais é despertar no anestesiologista a ideia de que nós não somos uma parte isolada do sistema.

Não podemos mais ficar sentados atrás da nossa cortina alheios ao que acontece no resto do hospital. Somos integrantes de uma rede extremamente complexa. Nesse sentido, ser competente apenas em habilidades técnicas pode não ser o suficiente. Devemos adquirir boas noções de gestão, inovação e ampliar o conhecimento do mercado que nos cerca.

 

CBIGS: A inovação tem sido uma constante no meio da medicina. É possível acreditar que o tema ganhou ainda mais visibilidade no período de pandemia? Quais propostas no pilar inovação serão apresentadas no congresso?

VF: Com certeza. Já até virou lugar-comum dizer que, com a pandemia, tivemos de avançar muitos anos em poucos meses. E nesse contexto a inovação entra de cabeça.

Algumas soluções para as demandas da pandemia foram necessárias, como a adaptação do trabalho de diversas áreas para a forma remota, e isso inclui a medicina. Anos de discussão sobre a regulamentação da telemedicina tiveram de ser resumidos em semanas para possibilitar que diversos pacientes tivessem acesso a consultas on-line.

A educação e a área corporativa foram também setores importantes afetados nesse sentido, com o aperfeiçoamento de métodos de aulas e reuniões virtuais. No congresso, optamos por criar a trilha de inovação e empreendedorismo, pois acreditamos que são atividades conectadas. Se hoje uma ocorre sem a outra, tem-se o risco de gerar produtos que o mercado não demanda.

Na ocasião, serão apresentadas ideias como o papel dos dados na saúde, a criação de startups e o papel da SBA na evolução da educação on-line.

 

CBIGS: O CBIGS também traz outros dois pilares essenciais para a especialidade, gestão e mercado de trabalho. Como os temas serão apresentados e qual o objetivo de cada um deles no congresso? 

VF: Cada um desses temas será apresentado em uma trilha de conhecimento no evento. No assunto gestão, serão apresentados temas extremamente importantes, como a gestão da experiência e satisfação do paciente com o sistema de saúde, bem como o gerenciamento da segurança em um ambiente que demanda cada vez maior produtividade e eficiência. Na trilha de mercado, grandes nomes apresentarão novos panoramas e conceitos da saúde suplementar, discussões sobre telemedicina e o papel do cooperativismo.

 

CBIGS: A SBA tem investido em eventos virtuais para a especialidade. O senhor poderia falar um pouco para os nossos leitores sobre o que motivou a sociedade a essa prática?  

VF: A SBA sempre esteve junto com o seu associado. O nosso calendário durante um ano normal pré-pandemia conta com um congresso brasileiro, diversas jornadas regionais e estaduais, simpósios, cursos teóricos e práticos, entre outros eventos. Em 2020, essa proximidade não poderia ser diferente. No entanto, existia a impossibilidade de estarmos fisicamente presentes com todos os anestesiologistas do país.

A solução encontrada foi a migração para o meio virtual. Já no início da pandemia, os webinários de revisão para os MEs e de atualização foram criados. Desde então, em pelo menos três noites por semana, a Diretoria, as comissões e os comitês da SBA estiveram presentes nas telas de computadores, celulares e tablets dos associados. O primeiro CBIGS veio logo em seguida, com grande aceitação. No final do ano, foi realizado o primeiro Congresso Virtual de Anestesiologia, o CVA, com uma plataforma inovadora que permitiu aumentar ainda mais a interação e a conectividade.

 

 CBIGS: O que os profissionais da área da saúde podem esperar deste CBIGS? 

VF: No segundo CBIGS, os profissionais da saúde podem esperar um evento muito completo, com ampla discussão sobre diversos temas extremamente relevantes para a prática diária e para o entendimento do cenário da saúde. Podem esperar um evento dinâmico, interativo e impactante.

 

CBIGS: Há algo que o senhor queira destacar sobre o congresso que não tenha sido perguntado?

VF: Acredito que exista uma pergunta que várias pessoas façam. Não apenas anestesiologistas, mas todos os profissionais da saúde. E a pergunta é: “Esse evento é para mim? Qual a relevância de temas como gestão e inovação para um profissional que trabalha na ponta?”. A resposta para essa pergunta é: “Sim, certamente.”.

O entendimento sobre gestão não é relevante apenas para os gestores, mas para aqueles que têm a sua vida e prática diária impactadas por decisões tomadas por esses gestores. O maior entendimento faz com que rumos tomados por lideranças no ambiente da saúde sejam mais bem entendidos e mais aceitos por todos os chamados stakeholders, ou seja, todos os que têm algum tipo de interesse na decisão tomada. Com relação ao mercado, mais do que nunca, torna-se necessário o conhecimento sobre as novas dinâmicas e as novas relações entre médicos e outros profissionais e todas as fontes pagadoras. E tudo isso correndo em conjunto com algo que tem um protagonismo cada vez maior, a inovação.